Para este escriba curioso da botânica, o que mais surpreendeu na visita efectuada à “Biofach”, maior feira mundial de produtos biológicos, que se realiza todos os anos em Nuremberga, foi a intensa divulgação e a grande variedade de alimentos que integravam a stevia, como elemento substituto do açúcar. Prevejo que, muito em breve, tenhamos em Portugal a promoção da stevia que é ainda, entre nós, pouco conhecida.
No Brasil usa-se a infusão da planta para combater a diabetes, picando a stevia seca a qual é deitada sobre água a ferver. Dizem que basta apenas uma colher de chá por chávena, deixando repousar dez minutos e tomar duas vezes por dia no intervalo das refeições.
Fiquei fortemente convencido de que se trata de um elemento revolucionário na actual ciência da nutrição, constituindo uma alternativa ideal para as pessoas diabéticas ou para as que seguem regimes de emagrecimento, prevenindo o abuso do açúcar. Por outro lado, afasta os efeitos colaterais, comprovadamente nocivos, dos edulcorantes fabricados através de processos de química de síntese que só logram singrar porque o lucro fácil continua, infelizmente, a ter a primazia na sociedade propagandística e consumista que nos enleia.
Miguel Boieiro