DIA INTERNACIONAL DO VINHO DO PORTO
Será durante o dia de amanhã, 27 de janeiro, que se assinalará o intitulado Dia Internacional do Vinho do Porto!

Mas esta data já fora criada em 2012 pelo Center for Wine Origins, uma instituição dos Estados Unidos da América, da qual o IVDP (Instituto dos Vinhos do Douro e Porto) faz parte.

Já agora, a chamada “Região demarcada do Douro” engloba cerca de 250 mil hectares, onde 44 mil são compostos por vinhas e 32 mil estão autorizados a produzir vinho do Porto; em terra de socalcos existem mais de 100 castas aptas à produção.

E se a região é demarcada há mais de 260 anos, a produção na região é já milenar, antecedendo a ocupação romana, somando já cerca de 65 mil pessoas envolvidas na produção deste tipo de vinho.

Por outro lado, o Douro é considerado Património da Humanidade pela UNESCO como “paisagem cultural evolutiva e viva”, estando dividido em três sub-regiões (Baixo Corgo, Cima Corgo e Douro Superior).

Alguns factos sobre o vinho do Porto:

– 85% da produção deste vinho é para exportação (7,5 milhões de caixas por ano).
– 20% das exportações destinam-se a França.
– França, Portugal, Reino Unido, Holanda, Bélgica e EUA são os países que mais consomem esta bebida.
– O vinho do Porto está presente em cerca de 120 mercados.
– As vendas do vinho do Porto rendem 365,4 milhões de euros (em 2013).
– O nível de álcool deste vinho varia entre 16,5% (branco leve seco) e 22%.
– Existem quatro estilos de vinho do Porto: Tawny (envelhecido em pipa), Ruby (envelhecido em garrafa), Branco e Rosé.
– EUA, Argentina, África do Sul ou Austrália são alguns países que produzem imitações do vinho do Porto.

A HISTÓRIA DO VINHO DO PORTO

Quanto à sua história, o Vinho do Porto é um vinho natural e fortificado, produzido exclusivamente a partir de uvas provenientes da Região Demarcada do Douro, no Norte de Portugal a cerca de 100 km a leste da cidade do Porto, sendo Régua e Pinhão os principais centros de produção e S. João da Pesqueira o concelho com maior produção de vinho do Porto a nível nacional.

Apesar de produzida com uvas do Douro e armazenada nas caves de Vila Nova de Gaia, esta bebida alcoólica ficou conhecida como “vinho do Porto” a partir da segunda metade do século XVII por ser exportada para todo o mundo a partir desta cidade: Vila Nova de Gaia é então o local com maior concentração de álcool por metro quadrado do mundo!

Porém, a “descoberta” do vinho do Porto é polémica, já que uma das versões, defendida pelos produtores da Inglaterra, refere que a origem data do século XVII, quando os mercadores britânicos adicionaram brandy ao vinho da região do Douro para evitar que ele azedasse. 

Por outro lado, o processo que caracteriza a obtenção do precioso néctar era já conhecido bem antes do início do comércio com os ingleses, pois já, por causa das época dos Descobrimentos, o vinho era armazenado desta forma para se conservar durante todo o tempo das viagens. 

Portanto, a diferença fundamental reside na zona de produção e nas castas utilizadas, hoje protegidas e a empresa Croft foi das primeiras a exportar vinho do Porto, seguida por outras empresas inglesas e escocesas.

O que torna o vinho do Porto diferente dos restantes vinhos, além do clima único, é o facto de a fermentação do vinho não ser completa, sendo parada numa fase inicial (dois ou três dias depois do início), através da adição de uma aguardente vínica neutra (com cerca de 77º de álcool). 

Assim o vinho do Porto é um vinho naturalmente doce (visto o açúcar natural das uvas não se transforma completamente em álcool) e mais forte do que os restantes vinhos (entre 19 e 22º de álcool).

Fundamentalmente consideram-se três tipos de vinhos do Porto: Branco, Ruby e Tawny.

Acrescente-se ainda que o vinho do Porto que envelhece até três anos é considerado standard, pertencendo a categorias especiais, quer porque as uvas que lhe deram origem são de melhor qualidade, quer por terem sido produzidos num ano excepcionalmente bom em termos atmosféricos. 
Assim, entre as categorias especiais, é comum encontrar os Reserva, os LBV, os Tawnies envelhecidos e os Vintage, e, menos regularmente, os Colheita.

Para terminar, nos primórdios da história do comércio do vinho do Porto, os ingleses eram das famílias mais influentes no negócio, uma vez que o mercado inglês era o maior consumidor mundial do famoso néctar português. 
Com o passar dos anos outras nacionalidades — tais como holandeses, alemães e escoceses — prevaleceram igualmente no comércio deste produto português. 
As principais casas portuguesas eram a casa Ferreira — detida por D. Antónia Ferreira —, Ramos Pinto e a Real Companhia Velha.

RECEITA NA CATEGORIA DE CARNE: Entrecosto carnudo com batatas no forno

Ingredientes:

  • azeite, sal e folhas alecrim q. b.
  • 1 cebola grande cortada às rodelas
  • 6 alhos esmagados
  • 6 folhas de louro
  • 1 peça de entrecosto carnudo
  • 4 colheres de sopa de massa de pimentão
  • 4 colheres de sopa de margarina
  • 4 colheres de sopa de polpa de tomate
  • 1 cálice de vinho do Porto
  • batatas pequenas cortadas aos quartos para 4 pessoas

Confeção:

  1. cobrir o tabuleiro de barro com o azeite, a camada de cebola cortada às rodelas, os alhos esmagados e as folhas de louro
  2. colocar, por cima, a peça de entrecosto carnudo envolvida em: massa de pimentão, polpa de tomate, vinho Porto, folhas de alecrim e sal q. b.
  3. entretanto devem-se dar alguns golpes na própria carne, acrescentando mais uns pedaços de folhas de louro, bem como pedaços de margarina
  4. distribuir as batatas envolta da peça de carne
  5. ligar o forno a 180ºC, tendo a preocupação de ir virando a peça de carne, bem como as batatas 

RECEITA NA CATEGORIA DE SOBREMESA: Maçãs assadas no forno

Ingredientes:
  • 6 maçãs vermelhas
  • 6 paus de canela
  • açúcar amarelo q. b.
  • 1 cálice de vinho do Porto 

Confeção:

  1. Lavar as maçãs, para depois, com a ajuda de algum instrumento próprio para o efeito, retirar a parte central (pedúnculo e caroços), criando um tubo oco no meio de cada uma delas
  2. Colocar as maçãs num tabuleiro para ir ao forno, polvilhando em seguida com açúcar a gosto, para além de introduzir um pau de canela no meio de cada uma
  3. Salpicar o tabuleiro com o vinho do porto, levando depois tudo ao forno pré-aquecido a 180.ºC, cerca de 1h

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