Sobre a planta medicinal que iremos abordar, podemos afirmar que só o concelho de Sesimbra possui, espontaneamente, quantidade suficiente para abastecer todo o mercado europeu. E isto de uma forma absolutamente natural: não é preciso semear, nem adubar, nem sachar, basta simplesmente colher.

O modo mais divulgado para beneficiar dos princípios ativos da Equisetum consiste em preparar uma infusão deixando ferver a planta pelo menos dez minutos. É conveniente não coar de imediato, pois a cavalinha continua a libertar princípios ativos após a fervura. O “chá” torna-se assim mais concentrado, o que se constata pela sua cor avermelhada. Para meio litro de água são necessários 50 g de cavalinha seca. Se for em verde há que duplicar o seu peso. O “chá” de cavalinha possui paladar discreto mas agradável e não apresenta contra-indicações.
A utilização do concentrado da cozedura da cavalinha para juntar à água do banho dá também bons resultados. Para males respiratórios aconselha-se a aspirar o vapor da cozedura da planta. Da cavalinha fresca pode extrair-se o respetivo suco, que é a melhor maneira de se aproveitar as suas excecionais propriedades. Infelizmente importamos este extrato da Alemanha a preços altíssimos.
Enfim, há ainda quem recomende misturar os rebentos tenros nas saladas cruas, ou usar o pó para temperar a comida já que a cavalinha é, comprovadamente, um ótimo remineralizante.

Miguel Boieiro
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