Por acaso sabem qual é que é a sobremesa preferida do Papa Bento XVI? Pois bem, o… tiramisù!
O tiramisù [tiramiˈsu] (em vêneto, tirame-sú ; em italiano, tirami su, de tira + mi + su: “levanta-me” ou “puxa-me para cima”, assim chamado por ser muito energético) é uma sobremesa tipicamente italiana, possivelmente originária da cidade de Treviso, na região do Vêneto, e que consiste em camadas de biscoitos de champagne, também chamados de biscoitos tipo inglês ou palitos a la reine (ítem este que pode ser substituído por pão de ló) embebidas em café (confeiteiros/as profissionais geralmente dão preferência ao uso do café solúvel, tipo Nescafé, por ele permitir maior precisão no controle da receita) entremeadas por um creme à base de queijo mascarpone, creme de leite fresco, ovos, açúcar, vinho do tipo Marsala e polvilhadas com cacau em pó e café.
E há diversas hipóteses sobre a sua origem:
- no século XX, após a Segunda Guerra Mundial, em Treviso, Vêneto, no restaurante “Da Alfredo”, a primeira casa do grupo “Torlá”. O nome viria da sobremesa energética “che ti tira su” (que te faz levantar) usada para revigorar boêmios, em especial nas noitadas dos bordéis (case chiuse) do Vêneto. Todavia, o próprio restaurante não reivindica sua criação.
- no início dos anos 1950, tendo sido criado no restaurante Le Beccherie, em Treviso.
- origem em Florença, Toscana, num banquete em homenagem a Cosme III de Médici (1642 – 1723), quando foi chamada “Zuppa del Duca”.
Já agora, acrescento que este bolo foi o que eu escolhi para celebrar o meu aniversário no passado dia 3 de dezembro, portanto muitos parabéns e felicidades a todos os sagitarianos, inlcuindo eu própria!
E porque é que eu o escolhi, perguntam-me vocês, meus caros leitores: eu escolhi este bolo porque não demoramos muito tempo a confecioná-lo, porque não é preciso ir ao forno, sendo só uma questão de o deixar no frigorífico algumas horas antes de servir, para além de que fica sempre bem no centro de qualquer mesa!
Claro que existem algumas variações, estando até a pensar em fazer outro do género brevemente, por isso estejam atentos e… mãos à obra!
Alguns conselhos:
- O café deve estar morno quando molhar os palitos, porque se estiver muito quente ficam demasiado encharcados e moles.
- Atenção que o lado que se deve molhar nos palitos deverá ser o lado que fica para dentro.
- A montagem dos palitos na forma faz-se logo no início, para que o creme, depois de pronto, não corra o risco de começar a solidificar por efeito da gelatina.
- A gelatina, depois de diluída, deve ser usada rapidamente, mal atinja uma temperatura tépida; caso contrário começará a solidificar e não ficará bem incorporada no creme.
- Não diluir a gelatina em água muito quente, já que perde propriedades de solidificação; mas também não a deve verter quente sobre um creme frio para evitar choques térmicos que a façam solidificar instantaneamente, criando fios no creme.
- Para evitar choques térmicos que possam alterar drasticamente o comportamento da gelatina, deve fazer esta sobremesa com os ingredientes à temperatura ambiente, nomeadamente os ovos e o queijo.
- Polvilhar com cacau e colocar os frutos silvestres, só na hora de ir para a mesa, porque se a charlotte voltar voltar para o frigorífico depois disso, irá humedecer o cacau e as frutas.
RECEITA NA CATEGORIA DE ESPECIAIS: Charlotte de Tiramisù com Frutos Vermelhos
Ingredientes:
- 300 ml de café forte
- Palitos la reine q.b.
- 4 ovos
- 125 g de açúcar amarelo
- 250 g de queijo mascarpone
- 3 colheres de sopa de rum
- Cacau em pó q.b.
- 4 folhas de gelatina
- Frutos silvestres e folhas de hortelã q. b.
Confeção:
- Fazer o café, juntando logo a seguir uma colher de sopa de açúcar (retirada dos 125 g da receita) e uma colher de sopa de rum, deixando-o arrefecer um pouco.
- Preparar a forma redonda de prato removível, colocando-a logo sobre o prato de servir o bolo, mas sem o referido prato.
- Passar rapidamente, um dos lados dos palitos pelo café, para logo a seguir forrar a parte de baixo e as paredes da forma, cujo lado humedecido deve ficar virado para dentro; reservar.
- Bater as claras em castelo, juntando metade do açúcar pouco a pouco, até ficar com a textura de merengue; reservar.
- Colocar, na taça da batedeira, as gemas e o restante açúcar, batendo até ficar com um creme fofo e esbranquiçado com o dobro do volume.
- Juntar o mascarpone e duas colheres de sopa de rum, batendo depois para incorporar.
- Demolhar as folhas de gelatina em água fria durante alguns minutos até amolecerem, para depois serem espremidas e dissolvidas numa colher de sopa de água morna, mexendo bem até estar totalmente dissolvida.
- Verter a gelatina em fio ao preparado das gemas e queijo, sempre com a máquina em funcionamento.
- Envolver as claras em castelo, à mão, em movimentos circulares.
- Começar imediatamente a rechear, vertendo metade do creme na forma, para logo a seguir alisar.
- Colocar, por cima do creme, uma camada de palitos demolhados do café de ambos os lados, cobrindo depois com o restante creme e alisar.
- Cobrir com película aderente e guardar no frigorífico durante algumas horas até solidificar.
- Para servir, retirar a película e desenformar com cuidado.
- Polvilhar com cacau em pó, usando uma pequena peneira, decorando depois a gosto com os frutos silvestres e algumas folhas de hortelã.
(fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Tiramis%C3%B9,
https://claradesousa.pt/receita/charlotte-de-tiramisu-dia-da-mae-2018/)
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