Em criança gostava muito de ler os “livros da Anita” e de brincar às “donas de casa” com as suas melhores amigas da escola. Mas, num belo dia de férias, às escondidas da sua mãe, experimentara a abrir uma das gavetas do seu quarto e a folhear um dos seus livros prediletos de cozinha sobre receitas de bolos, muito embora fosse ainda tão pouco crescida para ousar segurar uma taça pesada com uma mão e, com a outra, uma batedeira grande elétrica para a sua pouca altura, exatamente com a mesma mestria que a sua mãe.
Enfim, era uma vez uma menina que nascera na década de 70, logo, sem quaisquer telemóveis ou afins, algo com que atualmente não nos conseguimos quase imaginar sem eles!
E foi assim que eu fui recordando da minha infância, ao mesmo tempo que preparava, na minha atual cozinha, bem mais pequena do que a da minha mãe, é certo, mas na tentativa de ser com a mesma dedicação e determinação que ela: Queques de Bolo Rei.
A receita utilizada foi uma adaptação feita por mim, a partir da já existente a ver com o Bolo-Rei no livro “ABC da Bimby“:
A minha mãe fizera-me sempre muitas recomendações, não devendo nunca, por exemplo, esquecer-me de controlar bem a temperatura e/ou o tempo de cozedura no forno, caso contrário, tornar-se-á tudo num fracasso!
Ainda me riu sozinha, que nem uma tola, quando me lembro que chorava, chorava, chorava… só porque a massa não crescia como devia… ou então, passado algum tempo depois de estar sentada bem juntinho à porta do forno, a olhar muito atentamente através do vidro fosco, levantava-me depressa para começar logo a correr, gritando pela minha mãe, pelos estreitos carreiros do quintal, só reparando mais tarde que estava descalça, porque tinha pisado uma urtiga, pois, dessa vez, o bolo malandro já crescia era demais!
Ora bem, são pequenas histórias como esta que nos fazem crescer e seguir em frente, sempre alicerçados à experiência tão necessária e sábia dos mais velhos!
«O bolo-rei está (…) carregado de simbologia, pois este bolo representa os presentes oferecidos pelos Reis Magos ao Menino Jesus. O bolo-rei terá surgido em França, no tempo de Luis XIV para as festas do Ano Novo e do dia de Reis. Alguns episódios marcaram a história deste bolo, nomeadamente, a sua proibição em 1789, em plena Revolução Francesa, obrigando mesmo os confeiteiros a mudarem-lhe o nome para “Gâteau dês sans-cullottes”. Em Portugal, após a proclamação da Republica, também existiram algumas tentativas para proibir o seu fabrico, mas sem sucesso. Se inicialmente, o bolo-rei era aguardado para o dia de Reis, ou suas vésperas, actualmente, já existem confeitarias a fabricarem durante todo o ano, ou pelo menos a partir de finais de Novembro até o dia 6 de Janeiro.»
E é desta forma que vos apresento este meu blog a ver com uma das minhas grandes paixões: a cozinha!
“As paixões não se contam, provam-se. As vivências nem sempre se perdem, experimentam-se, permanecem, saboreiam-se.”
(Soledade Martinho Costa, 2002)
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