Hoje assinala-se o solstício de verão de 2017, o que marca oficialmente o início da estação do verão, das praias, do calor, dos gelados, das férias escolares, mas também dos incêndios, que sendo eu natural da cidade de Leiria, não podia deixar de escrever sobre o inigualável incêndio na zona de Pedrógão Grande, que depois de tanta tragédia e de tantos operacionais envolvidos, ainda não nos deixou em paz!
“O combate continua em curso”, disse à agência Lusa fonte do CDOS de Leiria, sublinhando que o incêndio “ainda não está dominado”.
Segundo a mesma fonte, ocorreram “várias reativações em vários setores, umas mais fortes do que outras”, sendo que “os meios estão a combater consoante as reativações que vão aparecendo.
Em Pedrógão Grande, encontravam-se, pelas 07:30 de hoje, 1.187 operacionais e 406 veículos, de acordo com o ‘site’ da Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC).
O incêndio que deflagrou no sábado à tarde em Pedrógão Grande, no distrito de Leiria, provocou pelo menos 64 mortos e mais de 150 feridos, segundo um balanço provisório.
O fogo começou em Escalos Fundeiros e alastrou depois a Figueiró dos Vinhos e Castanheira de Pera, no distrito de Leiria.
Desde então, as chamas chegaram aos distritos de Castelo Branco e de Coimbra.
E no portal de notícias da Globo, do passado dia 18 de junho, anunciava-se que “mais da metade das vítimas (30) morreu carbonizada dentro de seus carros na estrada entre Figueiró dos Vinhos e Castanheira de Pêra”; mas como é que foi acontecer tudo isto desta forma, sabendo que “o fogo começou por volta das 15h de sábado”?
Não esqueçamos que, se por acaso 2008 foi o ano em que a área ardida foi menor desde 1980, o pior ano continua a ser o de 2003, tudo de acordo com dados retirados do site da Wikipédia, donde já também se pode ter acesso a um pequeno texto sobre o “Incêndio florestal de Pedrógão Grande em 2017.”
“2,8 milhões de habitantes, o que representa 27% da população portuguesa, enquanto a Área Metropolitana do Porto tem cerca de 18% da população total”!
Obviamente que a busca por melhores condições de vida a ver com a existência de desemprego repentino na família, bem como a procura por melhores serviços, a ver com o fecho ininterrupto de escolas ou unidades de saúde em certas localidades, serão algumas das grandes causas para todo este efeito catastrófico, cujas consequências mais diretas poderão ser: aumento de problemas de cariz social no litoral, como a pobreza ou a criminalidade, criando-se empregos cada vez mais precários para fazer face a todo um conjunto de necessidades, se calhar até inultrapassáveis, na minha opinião, ao mesmo tempo que acontece a desertificação de aldeias e o posterior envelhecimento da população, logo o aumento de impostos torna-se quase como que obrigatório, diminuindo-se ainda mais os recursos naturais, campos agrícolas e todo um vasto conjunto de costumes e valores humanos, perdendo-se também o posicionamento estratégico conseguido até então.