Em continuação do texto relativo à 1ª Parte do Mercado dos Vinhos no Campo Pequeno, o bilhete de entrada tinha um valor de 3€ sem copo e de 6€ com copo, tendo sido uma organização conjunta do Campo Pequeno e da House OF Wines, que funcionou entre as 15:00 e as 22:00, no dia 20, entre as 12:00 e as 22:00, no dia 21, e entre as 12:00 e as 20:00, no dia 22 de outubro.

E, de facto, várias regiões fizeram-se representar nesta feira, tais como: Açores, Alentejo, Algarve, Bairrada, Beira Interior, Dão, Douro, Lisboa, Península de Setúbal, Tejo ou Trás os Montes.

Acrescente-se ainda que, como um bom vinho necessita sempre de um bom petisco, logo a gastronomia não ficou esquecida: compotas, chutneys, patés, chocolates, alheiras, chouriços, presuntos, doçaria, mel, pães, queijos, empadas, granola, entre outros.


Por exemplo: logo ao entrar no recinto da feira propriamente dito, fui levada a dirigir-me a uma enorme bancada repleta de queijos, que pareciam ter um ótimo aspeto, para além daquele seu cheiro bastante característico, já para não falar de algo que me chamou também à atenção, ao qual não consegui resistir a comprar: broas com chouriço!

Entretanto, ainda reparei que ao lado existira uma outra mesa onde estaria exposto um outro tipo de produtos, igualmente diferenciadores no mercado e atrativos pela sua própria embalagem, como as granolas, que ao ter a oportunidade de conversar um pouco com quem estava a gerir aquele pequeno espaço, consegui entender melhor do que afinal se tratava.

Em primeiro lugar, parte da bancada onde eu me aproximara inicialmente era relativa ao projeto Gourmeceria – Mercearia Gourmet, cujo objetivo principal fora sempre, e continuará a sê-lo cada vez mais, trazer para o presente um pouco da nossa história, bem como toda aquela qualidade que se exige!

Em segundo lugar, a bancada a seguir era antes relativa a um projeto bem mais recente, a Mother Bio, por sua vez mais dedicado à venda de produtos ao nível da agricultura biológica, logo devidamente certificados e só relativos à produção do tipo artesanal, ou seja, “sabe bem, faz melhor”! 

Já agora, este mesmo projeto, que já estaria há muito para acontecer, possuindo também uma queijaria, costuma estar presente todos os sábados das 9h às 14h nos mercados de agricultura biológica do Campo Pequeno, Príncipe Real e Parque das Nações; pois no que diz respeito à Gourmeceria, por sua vez costuma estar, por exemplo, no Centro Cultural de Belém todos os primeiros domingos de cada mês.

A seguir dirigira-me a uma outra mesa em que, mais uma vez, se entrecruzavam dois grandes projetos, mas com a mesma ambição, que era a de desenvolver produtos, na minha opinião, facilmente passíveis de serem caracterizados como extremamente inovadores, ao mesmo tempo que inspiram e deliciam quem é tentado a prová-los: Aquae Flaviae e Wine to Eat.  
 
Mais especificamente, no primeiro caso temos, por exemplo, o seguinte conjunto de produtos: Mel com Ouro, Mel com Rosas e Flor de Sal com Ouro; enquanto que, no segundo caso, temos: “vinho comestível” em forma de Flor de Sal, Geleias eTrufas.
 
Já agora, acho pertinente chamar à atenção dos leitores deste blogue para as seguintes frases contidas nos sites relativos a estes mesmos projetos (http://www.winetoeat.com http://aquaeflaviae.pt/ respetivamente):
 
Wine makes every meal an occasion, every table more elegant, every day more civilized” 
(Andre Simon)
Aqua Flaviae, este foi o nome com que os romanos batizaram a atual cidade de Chaves, conhecida por ter uma das melhores águas termais de toda a Europa. Existem ainda na região lagares romanos escavados na rocha que provam a extrema aptidão destas terras para a produção de vinho; encontrando-se também vestígios das explorações de ouro nas redondezas. O sol forte e abundante gera aqui um mel brilhante e luminoso e um azeite notável. Perante a riqueza destes ingredientes a escolha para os nomes dos produtos da Sapientia Romana foi óbvia (não podia ser outra) Aquae Flavia, Sapientia Romana
E ainda existe um outro aspeto que eu gostava de sublinhar: o facto das próprias embalagens conseguirem realçar uma imagem de luxo e de requinte, ao saber conjugar-se o vidro com a cortiça, possibilitando converterem-se depois ainda em porta-guardanapos ou em bases para copos, por exemplo!
 

O Solar dos Loendros já tem uma existência de 30 anos, tendo sido fundado pelo Sr. Diamantino Ferreira, ao ter decidido apostar na terra de origem da sua esposa: Tomar. Para isso, procurou reconverter os antigos vinhedos que a família tinha, plantando castas que ainda não existiam, logo foi o impulsionador das castas estrangeiras na região!

Começaram-se então pelas castas Cabernet Sauvignon e Chardonnay,  tendo entretanto a adega sofrido várias remodelações, que ao conseguir expandir-se ao longo do tempo, somam-se agora cerca de 30 hectares, onde se continua a dar relevo às castas existentes na região.

Por isso, o portefólio atual do Solar dos Loendros contém todo um conjunto de vinhos brancos, tintos e rosé, podendo destacar, por exemplo, o intitulado de “O Mordomo”, este intimamente ligado à tradicional Festa dos Tabuleiros de Tomar, sendo naturalmente uma edição limitada, para a qual foram engarrafadas exatamente 6666 garrafas!

E para de alguma forma fazer realçar o facto do Solar dos Loendros fazer jus à nossa própria história, por que não destacar aqui o seguinte texto retirado do site wikipédia?
Ora leiam:

“A Festa dos Tabuleiros é a celebração mais importante da cidade de Tomar (…), sendo a Festa que atrai mais visitantes em Portugal, cerca de meio milhão de pessoas apenas no dia do Cortejo dos Tabuleiros. É também considerado um dos maiores Festivais do Mundo, tendo adquirido estatuto e fama internacional, sendo hoje em dia um dos ícones culturais de Portugal. Também conhecida como a Festa do Espírito Santo, realiza-se de 4 em 4 anos, no início do mês de julho.
O traço mais característico desta festa é o Desfile ou Procissão dos tabuleiros, que representam as freguesias do concelho e percorre a ruas de Tomar por 5 km, ladeado pelas colchas que a população pendeu à janela, e os milhares de visitantes que vêm se deslumbrar por essa profusão de cores.
Tradicionalmente, o tabuleiro é transportado por uma rapariga vestida de branco e terá de ter a altura da mesma. Este é decorado por flores de papel colorido, espigas de trigo, 30 pães, de 400gr cada, enfiados em canas que saem de um cesto de vime evolvido por um pano banco bordado. O topo do tabuleiro é ainda composto por uma coroa encimado pela Cruz de Cristo ou a Pomba do Espírito Santo.
Além do Desfile, a Festa é constituídas de diversas cerimónias tradicionais como o Cortejo das Coroas, o Cortejo dos Rapazes, o Cortejo do Mordomo ou a chegada dos Bois do Espírito Santo os Cortejos Parciais e os Jogos Populares.
No dia a seguir ao Cortejo, ainda se mantém a tradição da Pêza que consiste na partilha do pão e da carne pelas populações.”

E para finalizar este texto, que já vai longo, Art & Soul é um projecto nascido em Évora, durante o ano de 2016, sob a responsabilidade do Designer António Paiva de Andrada, que se dedica ao desenho, conceção e fabrico de peças decorativas e utilitárias, utilizando aglomerados de cortiça como matéria prima principal, como por exemplo
 
– frapé para duas garrafas com o interior em alumínio,
– bases para copos,
– suportes para velas,
– suporte para candeeiros,
– baldes para gelo, 
– garrafeiras, 
– malas de transporte para garrafas.
 
E talvez o ponto mais importante da pequena conversa mantida com o próprio mentor deste projeto seja: como é importante a motivação intrínseca encontrar-se com o conhecimento, pois a sorte aparecerá sempre em cada piscar de olhos da oportunidade aliada à nossa própria persistência no trabalho! 

Para mais informações, por exemplo consulte:

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