De acordo com o que o próprio Chef António Amorim me explicou na sua loja da Fábrica do Pastel de Feijão, por sua vez instalada num dos bairros mais característicos de Lisboa, Alfama, a ideia inicial de recriar o intitulado Pastel de Feijão tradicional de Torres Vedras surgiu em 2008, através de um jantar que fez para amigos, como uma forma de criar uma sobremesa que agradasse a todos!

Mais tarde, também houve a oportunidade de abrir um espaço de restauração em Torres Vedras, tendo sido o local perfeito para recriar então essa mesma receita secular, de forma a torná-la, digamos que, mais apelativa e exigente, não só a nível estético, mas sobretudo pela imagem de que uma certa pessoa ao degustá-la pela primeira vez, iria com certeza memorizar e querer voltar a ter a mesma experiência!

Portanto, em 2009, o Chef António Amorim conseguiu finalizar todo um processo que tinha durado cerca de 4 anos a chegar ao resultado praticamente atual, para além do facto de ter conseguido abrir a já referida Fábrica do Pastel de Feijão, porém sem tornar o próprio Pastel de Feijão num produto industrializado, ou seja, em que fosse possível confecioná-lo de uma forma totalmente manual e artesanal, logo a sua textura e o sabor continuariam, sem dúvida, a marcar pela diferença!

E, de facto, pela minha própria experiência, quem trinca o primeiro pedaço, sente logo toda a sua cremosidade no interior, mas também a sua textura otimamente crocante por fora…

Acrescente-se ainda que o local onde a mesma loja se encontra, contém, por si só, uma envolvência histórica natural, que é também o registo da doçaria tradicional, logo tende a criar-se uma certa dinâmica com o público que entra e sai com uma caixa cheia de Pastéis de Feijão para oferecer a alguém em especial ou então como recordação do nosso Portugal!

Por isso, o facto deste Pastel de Feijão ter sido implementado inicialmente no tal Restaurante A de Torres Vedras em 2014, só veio chamar à atenção de que o Pastel em questão “era bom demais para estar fechado ali entre quatro paredes e devia de ter outra dimensão”, permitindo-lhe «crescer» e ganhar notoriedade.

E obviamente que, na receita, vão continuar a existir «segredos» por desvendar, sendo que “o cheiro específico do crocante caramelizado é o que atrai muitas vezes as pessoas que desconhecem este produto”, tendo até já sido incluído em guias turísticos da Coreia!

A morada exata é Rua dos Remédios, nº33, ficando nas proximidades do Museu do Fado em Lisboa, cujo horário de atendimento é todos os dias entre as 8h e as 20h, mesmo durante o fim de semana.

No que diz respeito à decoração do espaço da Fábrica do Pastel de Feijão, “foi pensada ao pormenor juntamente com o arquiteto e o designer (…) também para além do Pastel queria que se criasse um ícone que fosse a referência da casa (…) e, sendo o tacho de cobre, a ligação com a doçaria tradicional, estava sujeito a criar uma peça que fosse única e que caracterizasse e realçasse o espaço, daí eu ter idealizado este candeeiro que tenho cá e que tem 72 peças de tachos de cobre de vários tamanhos e 110 kilos de peso (…) e está suspenso (…) foram adquiridos todos em França (…) e de facto é uma das coisas que as pessoas às quais tiram fotografia (…) depois temos um mural em que cada um pode deixar a sua dedicatória ou um comentário, temos todos os tipos de línguas (…) estamos no TripAdvisor, que é uma aplicação válida para quem nos procura e que tem os comentários mais reais possíveis”.

Já agora, fique-se ainda a saber que se “podem fazer encomendas em tamanho XL, é o que se considera um bolo de aniversário (…) para um conjunto de pessoas de família que queiram ter uma experiência diferente”, podendo “encomendar o simples ou com frutos vermelhos, que equivale a 12 unidades do nosso tamanho normal, e isto numa mesa dá um destaque diferente”.

Para além disso, existem outras diversidades para quem acompanha e quer tomar o seu pequeno almoço ou lanche, mas só o Pastel de Feijão é que é o ex-libris da casa!

E «Leve connosco o sabor de Portugal», é aquela frase que “funciona quase como um slogan, porque embora seja uma invenção ou reinvenção do Pastel de Feijão de Torres Vedras tradicional, existem vários, não existe só um, tem cá o cunho da nossa doçaria, ao provar, aquela quantidade do açúcar com o ovo, a amêndoa, tudo isso reúne sabores nossos”, e quem está habituado a outro tipo de doçaria, é quem vai aperceber-se das diferenças e caracterizar isso mesmo como sendo a nossa doçaria e levar consigo, ou seja, “poderá comer e levar, em caixas individuais, ou de 4 ou de 6, que fica mais acessível”.

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