Tendo em conta o texto publicado durante a semana passada denominado de “A QUINTA DA PEDRA BRANCA – PARTE 1“, para um total de 5 hectares, cujo nome Quinta da Pedra Branca advém do facto do próprio terreno ser do tipo arenoso, aí poderão encontrar:

– uma estufa recheada de produtos hortícolas, permitindo o cultivo de, por exemplo, alfaces, couves, cenouras, feijão verde, salsa, coentros e tomates
espaço exterior de terreno destinado a vários tipos de árvores de fruto (pereiras, macieiras, medronheiros, laranjeiras, figueiras, nespereiras, etc), devidamente intercalados com diferentes exemplos de culturas mais rasteiras (favas, cebolas, curgetes, etc), para além da zona restrita aos morangueiros e às sementeiras
caminhosrodeados por alguns medronheiros, pés de maracujá, abacateiros ou kiwis, para além de ervas aromáticas, tais como a alfazema, embelezando também os campos 
– extensos vales apontados para o cultivo de vinhas, podendo ainda avistar-se ao longe algumas colmeias de onde se retira mel do tipo multifloral, naturalmente resultante da mistura do néctar colhido de diversas flores dos campos envolta 
– zona dedicada à criação de diferentes animais domésticos (galinhas poedeiras, patos, gansos, porcos arraçados com javali)
– sistema de aproveitamento de águas das chuvas e dos pátios envolventes, para além das charcas 
– zona de compostagem e de reaproveitamento de resíduos orgânicos, donde é extraído o chorume, em que não se contaminam os lençóis freáticos, sendo antes um processo realizado por vários microrganismos presentes e acelerado por minhocas, que por sua vez irão alimentar-se dos resíduos e transformá-los em húmus natural.
Desta forma, está demonstrado que existe uma preocupação constante quanto ao aproveitamento dos desperdícios em geral, fazendo por diminuir-se a chamada “pegada ecológica”, bem como à aplicação de fertilizantes ou de repelentes naturais, como a calda de urtigas. 
Por outro lado, também verifiquei que os diferentes espaços estão organizados segundo um sistema de culturas com associação, ou seja, em que plantas de crescimento mais rápido crescem misturadas com plantas de crescimento mais lento, bem como as plantas de maturidade mais precoce são alternadamente colocadas com plantas de maturidade mais tardia.
Desde logo, posso caracterizar todo este sistema de culturas como sendo cuidadosamente planeado a longo prazo, com o objetivo de integrar estruturas de diversos tipos e níveis, ao mesmo tempo que as plantas partilham entre si a água e o sol, fazem sombra e ainda protegem o solo, para além de assumirem um papel importante no que toca à prevenção de doenças entre elas!
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